terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Profeta Naum


Por flávio Melo

            A atividade profética de Naum se desenvolveu entre 663 e 612 a.c. A vida deste profeta é desconhecida. Ignora-se onde se situava a aldeia de Escosh, de onde ele era originário. Provavelmente era uma aldeia de Judá, embora não se tenha certeza. o Profeta Naum Fala do castigo divino contra Nínive, capital da assíria. Ele manifesta uma alegria transbordante com a ruína da cidade ( 608 a.c. ), que era inimiga de Israel. Nínive é a cidade que Jonas advertiu.                              

         O livro de Naum teria sido escrito algum tempo depois de a cidade egípcia de Nô-Amom (Tebas) sofrer uma derrota no século VII a.c. e completado antes, da predita destruição de Nínive, em 632 a.c. Na história antiga, como na moderna, as grandes potências se sucedem e lutam na ânsia de dominar o mundo e os homens. Este livro contém a visão da queda de um desses impérios: a Assíria, o leão que enchia a toca de caça (2:13), o opressor de Israel (1:12-13). É um canto do oprimido que sentia que a libertação se aproximava, porque o Império que dominava as nações estava prestes a vir abaixo.                                                                                                                                                                             

          Naum deixa claro que os grandes poderes do mundo não são eternos. Por mais que dominem e amontoem, por mais que oprimam e humilhem os pequenos, um dia eles ruirão como Nínive. Aliás, desaparecerão da história justamente porque agem dessa maneira. Sobre todos os opressores obstinados pesa o julgamento implacável de Deus, que toma o partido dos oprimidos. Um salmo inicial mostra Deus como juiz que age na história (1:2-8). Ele é apresentado como o Deus ciumento e vingador, cheio de furor (1:2) e ao mesmo tempo como o Deus bom, o abrigo para os que são perseguidos (1:7). Já nesse salmo, Javé aparece como o Senhor de tudo e de todos, oprimidos e opressores, mas de maneira diferente.
          A ruína de Nínive, capital da Assíria (2:2-3:19), é descrita de maneira grandiosa e sem meios-termos, não deixando dúvidas sobre quem destrói a capital sanguinária e idólatra: é o próprio Deus (2:14; 3:5). É uma obra da época em que a compreensão de Deus estava associada a um nacionalismo violento, compreensão essa que vai ser superada a partir de obras do tempo do exílio na Babilônia, como os capítulos 40 a 55 do livro de Isaías, e pela pregação de Jesus relatada nos Evangelhos.

Fonte:  Bíblia Sagrada edições pastoral e ave Maria; e Wikipédia a enciclopédia livre.







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