quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Profeta Sofonias

   O profeta Sofonias viveu e exerceu a sua atividade profética num momento em que Judá, seu país, era disputado pelas grandes potências da época.
        Sofonias profetizou sob o reinado de Josias, rei de Judá, entre os anos de 640-630 a.c. Ele é um profeta justiceiro que anuncia o dia do Senhor sob a figura de um sacrifício ritual, em que todos serão castigados,salvo os que praticam a justiça, a humildade e a obediência a lei de Deus. Sofonias também foi contemporânio do profeta Jeremias e ameaçou os Judeus com o cativeiro da Babilônia, caso não fizessem penitência.
        Dentro do país se formou dois partidos: um querendo ficar sob a influência do Egito e o outro da Assíria. Durante longo período , nos reinados de Manassés e Amon, a Assíria é que dava as cartas. Uma tentativa de mudar a sintuação a favor do Egito, através de uma revolta de oficiais da corte, não obteve sucesso, porque os cidadãos de grande influência econômica reagiram e colocaram no trono Josias, que ainda era menor de idade. Esse rei, mais tarde, promoverá uma grande reforma, mas a situação voltaria a ser a mesma: o que era bom para a Assíria era bom para Judá, inclusive sua maneira de se vestir    ( 1,8 ). 
        Aqui entra Sofonias. Ele mostra como pesa sobre toda essa sintuação o jugamento de Deus (1,2-18 ). O dia do Senhor não é essencialmente o fim do mundo, mas a transformação do povo de Deus e o fim da era idolátrica. Para o profeta , são ídolos não só as divindades estrangeiras, mas também a absolutização das grandes potências, do dinheiro e do poder. Esses ídolos estão presentes tanto nas nações pagãs como na cidade de Jelusalém, seja no palácio real, no templo e nos bairros da cidade ( 2,4-3,8 ).
        A única possibilidade de salvação que o profeta vê para escapar da ira de Deus são os pobres da terra, isto é, os que estão desponjados de poder e riqueza, que depositam sua confiança no verdadeiro absoluto e clamam por justiça (2,3 ). São eles os únicos que poderão formar um " resto " para conduzir na história o projeto de Deus, e assim fazer com que o dia de Javé se torne em dia de alegria e restauração, e não de destruição ( 3,9-20 ).
        O nome de Deus será glorificado entre os pagãos, e Israel, será restaurado na amizade Divina.

           
Fonte:  Bíblia Sagrada edições pastoral e ave Maria. E mini dicionário compacto bíblico de Fr. Francisco de Jesus Maria Sarmento.

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