sábado, 21 de julho de 2012

Monte Sinai



O monte Sinai, também conhecido como monte Horeb, fica no sul da península do Sinai, no Egipto. 
Esta região é sagrada para as três religiões monoteístas. 
É um pico de granito com 2288 metros, onde Moisés recebeu as Tábuas da Lei. 
Ao Monte Sinai foram atraídos muitos peregrinos ao longo dos séculos.


Peregrinos na esteira de Deus

Entre os tantos peregrinos, encontramos o Papa João Paulo II. Durante essa visita, João Paulo II afirmou: “enquanto os cristãos celebram o bimilenário do nascimento de Jesus, devemos fazer esta peregrinação aos lugares em que teve inicio e se desenvolveu a história da salvação. Viemos ao Egipto, percorrendo aquele caminho ao longo do qual Deus guiou o seu povo, tendo à frente Moisés, para conduzir à terra prometida. Pomo-nos a caminho, iluminados pelas palavras do livro do Êxodo: abandonando a nossa condição de escravidão, vamos ao Monte Sinai, onde Deus estabeleceu a sua aliança com a casa de Jacob, por meio de Moisés, em cujas mãos depositou as tabuas do Decálago”.


Aqui Deus revelou o seu nome e deu a sua lei

Na solidão do deserto Moisés encontra Deus. A sua atenção tinha sido atraída por uma sarça que ardia no fogo mas não era devorada (Êx 3,2). Ouviu então uma voz que dizia: “tira as tuas sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é uma terra santa” (êx 3,5). A voz continuou: “ eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob”. Deus envia Moisés a libertar o seu povo da escravidão no Egipto (Êx 3,7-9).

Depois de receber esta missão, Moisés pergunta a Deus qual é o seu nome. “Eu sou Aquele que sou” (êx 3,14). Enviando Moisés em força deste nome, Deus, revela-se sobretudo como o Deus da aliança.

Junto ao Mar Vermelho o povo experimentou uma grande libertação. Viu a força e a fidelidade de Deus., descobriu que Ele é o Deus que torna livre o seu povo, como prometido. Contudo, será no cume de Sinai, que este Deus selará o seu amor estreitando a Aliança, à qual jamais renunciará. Se o povo observar a Sua lei, conhecerá a liberdade para sempre.


Os dez mandamentos

Os dez mandamentos não são a imposição arbitrária de um Senhor tirânico. Eles foram escritos na pedra, para sempre, depois, impressos no coração do homem como Lei de vida, válida em todos os tempos e lugares. Hoje como sempre, as Dez Palavras da lei fornecem uma base autêntica para a vida dos indivíduos, das sociedades e nações: hoje como sempre, elas são o futuro da família humana.

Observar os Mandamentos significa ser fieis a Deus, mas também ser fieis a nós mesmos, à nossa autêntica natureza e às nossas mais profundas aspirações.

A revelar-se a Si mesmo no Monte e tendo entregue a sua Lei, Deus revelou o homem ao homem. O Sinai está no centro da verdade sobre o homem e sobre o seu destino.


Sinai, “monte da fé”

O Sinai, “monte da fé”, deve tornar-se “o lugar do encontro e de um pacto reciproco”, de certo modo o “monte do amor”. Foi ali que o povo se empenhou em viver à maneira de Deus e que Deus lhe assegurou o seu amor.

No Sinai, devemos sentir-nos como Moisés: homens e mulheres que, ao mesmo tempo, intercedemos junto do Senhor e recebemos a lei que é um apelo à verdadeira vida, que nos liberta dos ídolos e torna toda a existência infinitamente bela e preciosa!

Quando estivermos com Deus no monte da oração, deixemo-nos impregnar da sua luz, a fim do nosso rosto resplandecer com a glória de Deus e convidar os homens a viverem desta felicidade divina, que é a vida em plenitude.


“Do Egipto chamei o Meu Filho”

Assim fala O Senhor, que fez sair o seu povo da condição de escravidão (Êx 20,2) , para concluir com ele no Monte Sinai uma aliança.

O evangelho recorda-nos a fuga da Sagrada Família para o Egipto, onde veio buscar refugio, assim se cumpriu o que o Senhor anunciou pelo profeta: “do Egipto chamei o Meu Filho” (Mt 2,15). 

A providencia conduziu Jesus pelos caminhos que outrora os israelitas tinham percorrido rumo à terá prometida, sob o sinal do Cordeiro Pascal, celebrando a Páscoa. 

Também Jesus, o Cordeiro de Deus, foi chamado do Egipto pelo Pai, para cumprir em Jerusalém a Páscoa da nova aliança e irrevogável, a Páscoa definitiva, a Páscoa que dá ao mundo a salvação.

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