domingo, 27 de março de 2011

A "SOLA SCRIPTURA" E O ERRO DOS PROTESTANTES.


O termo “ Sola Scriptura” ou só a escritura é um dos pilares da reforma protestante. Que diz que todos os ensinamentos Cristãos e toda doutrina Cristã esta presente na Bíblia, com uma clareza que todos podem compreende-la, sem que seja necessário levar em consideração a tradição Cristã e os Concílios.  A principio Lutero não quis negar outras autoridades de interpretação da Bíblia, mas sim subordinar toda autoridade a princípios Bíblicos, mas com o passar do tempo as novas interpretações da “Sola Scriptura” a colocam como sendo a única autoridade Cristã.

A “Sola Scriptura” é um dos principais erros das denominações Cristãs protestantes. A Bíblia não é a única fonte de autoridade com relação a Doutrina e a vivencia dos Cristãos. É necessário levar em consideração a autoridade do Episcopado e da Tradição Católica. Durante os primeiros séculos da era Cristã a Bíblia ainda não havia sido definida, apenas no século IV é que os Bispos Católicos irão definir o Cânon Bíblico. Levando em consideração a veracidade da “Sola Scriptura” como os Cristãos se guiavam até a organização da Bíblia? E ao analisarmos que as primeiras comunidades Cristãs surgiram antes do primeiro livro do novo testamento ser escrito ( a carta aos Tessalonicenses) podemos nos perguntar mais uma vez como esses Cristãos iriam se organizar se não levassem  em conta a tradição e a autoridade Apostólica?

No mundo dinâmico e de grandes transformações como o nosso, novas questões tendem a surgir a cada dia com novos problemas. Mais uma vez se nos prendermos ao princípio da “Sola Scriptura” iremos cometer diversos equívocos. A Bíblia pode até trazer subsídios para entendermos e problematizarmos a nossa nova realidade, mas não traz um complexo de ideias que nos mostre um todo. Devido a isso é necessário recorremos a Tradição e aos Concílios Católicos, onde a sucessão Apostólica e a autoridade da Igreja se pronunciará diante dos novos problemas. Podemos citar alguns exemplos de novas questões que apenas a Bíblia não nos dá uma compreensão geral como é o caso da: eutanásia, clonagem de embriões humanos, inseminação artificial, transfusão de sangue, etc. se considerarmos apenas a interpretação Bíblica será cometidos vários equívocos e se nos apoiarmos em decisões de pessoas que estão fora da comunhão Católica os erros também estarão presente.

A Igreja Católica considera a Bíblia como sendo a estrutura de toda doutrina Cristã, por ser a palavra de Deus revelada. Mas Deus continua a se revelar aos seus filhos e para que essa revelação fosse constante e que não surgissem falsos Profetas, Jesus deu a Pedro, o primeiro Papa, e a Igreja Católica a autoridade Diante das escrituras. A Tradição e a Apostolicidade são princípios dos quais os Cristãos devem se guiar, sempre sobre a autoridade Bíblica, mas nunca se perdendo no fundamentalismo que prega as denominações protestantes de hoje.

Fontes:  Estudo Bíblico: Apostolado Sã Doutrina

quarta-feira, 9 de março de 2011

A HORA DO ÂNGELUS


A hora do ângelus, também conhecida como a hora das Ave- Marias é rezada as 06:00, as 12:00 e as 18:00 horas. O objetivo dessa oração é relembrar o momento da anunciação do anjo Gabriel a Maria, trazendo as boas novas de que o salvador iria nascer de uma virgem sem pecado.

Esse costume nasceu da piedade Católica durante a Idade Média. No inicio se rezava apenas ao nascer do dia, depois passou a ser rezada também ao meio dia e com o passar do tempo as Orações passaram a ocorrer durante o entardecer. Ao tocar os sinos das Igrejas durante essas horas a população se reunia para rezar. No período de guerra contra os Turcos o Papa Calisto III relacionou as Orações Católicas com o chamado das Orações mulçumanas e incentivou a prática para pedir a proteção da Virgem Maria na luta contra os que ameaçavam a Fé Cristã. A orientação do Papa foi de total importância para que o costume se firmasse de uma vez por todas entre os Católicos. São Pedro Canísio, doutor da Igreja, também incentivou a realização das orações para a Virgem Santíssima durante as três horas do dia. Os últimos Papas mantiveram a prática, todos os dias as orações acontecem no vaticano e durante o meio dia uma multidão se reúne para rezar, tendo frequentemente a presença do Papa.

A hora do ângelus é um momento de puro contato com a Virgem Maria e uma oportunidade de reflexão da Fé Cristã e das práticas tomadas no dia a dia. Nos instantes em que rezamos as Ave- Marias intercaladas com os versículos bíblicos revivemos o momento da anunciação da vinda do nosso Salvador ao mundo. A Fé se fortalece a partir de rituais como este, a áurea de Santificação que nos envolve durante estes momentos de comunhão com o Divino é de total importância na intensificação e no sentido dado a nossa prática como Cristãos.

As orações podem ser tanto no âmbito coletivo na reunião em comunidade, como ocorre em algumas Igrejas, quanto pode ser um momento individual de orações. Durante a manhã a hora do ângelus serve como parte de um ritual de orações que nos concedem bênçãos durante todo o dia. Ao meio dia o caráter reflexivo da oração se faz mais presente, ao analisarmos a primeira parte do nosso dia com a segunda que estar por vir. O terceiro momento ao entardecer é um momento de pura reflexão com base no Evangelho, reflexão do nosso comportamento no dia que passou. Agradecer a Deus e a Virgem Maria por todas as graças e a proteção que recebemos é também outra característica de suma importância ao recitarmos o ângelus, pois a compreensão de que precisamos da proteção superior é um importante passo para uma perfeita comunhão com Deus.

Emissoras de radio e TV católicas transmitem diariamente a hora do ângelus, algumas emissoras de caráter secular também costumam ao entardecer lembrar desse momento cristão, ou ao som da Ave Maria, ou com a recitação de versículos bíblicos e orações. A oração tradicional da hora do ângelus é feita no sentido dialogal; quem preside a reunião reza a primeira parte e a comunidade responde à segunda. No período da páscoa a oração tradicional é substituída pela Regina Coeli. 

Oração da hora do ângelus:
 V. O Anjo do Senhor anunciou a Maria.
R. E Ela concebeu do Espírito Santo.
Ave Maria cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém.
V. Eis aqui a escrava do Senhor.
R. Faça-se em mim segundo a vossa palavra.
Ave Maria
V. E o Verbo se fez carne ou então E o Verbo divino encarnou.
R. E habitou entre nós.
Ave Maria
V. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremos: Infundi, Senhor, a vossa graça em nossas almas para que, conhecendo pela anunciação do Anjo a encarnação de vosso Filho bem-amado, cheguemos por sua paixão e cruz, à glória da ressurreição.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Glória ao Pai...

Oração durante o período da páscoa:
Rainha do Céu, alegrai-Vos, aleluia! Porque aquele que merecestes trazer no seio, aleluia!
Ave Maria
Ressuscitou como disse, aleluia! Rogai por nós a Deus, aleluia!
Ave Maria
Alegrai-Vos e exultai, ó Virgem Maria, aleluia! Pois o Senhor ressuscitou verdadeiramente, aleluia!
Ave Maria
Oremos:
Ó Deus, que Vos dignastes alegrar o mundo com a Ressurreição do vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, concedei-nos, Vos suplicamos, a graça de alcançarmos pela protecção da Virgem Maria, Sua Mãe, a glória da vida eterna. Pelo mesmo Jesus Cristo Senhor nosso. Amém.
Glória ao Pai(repete-se 3 vezes)
Santo Anjo (oração) Santo Anjo do Senhor…

Fontes:
Orações disponíveis no site da Wikipédia.  http://pt.wikipedia.org/wiki/Angelus
LIBANIO, j.b. Hora do Ângelus. Jblibanio disponível no site: http://www.jblibanio.com.br/modules/wfsection/article.php?articleid=157

 


domingo, 6 de março de 2011

CARNAVAL: ORÍGEM, PRÁTICAS ATUAIS E UMA VISÃO CRISTÃ


Durante três dias, países que celebram o carnaval como é o caso do Brasil, nação que se felicita por ter o maior carnaval do mundo, se imergem em um ambiente pecaminoso. As pessoas vão às ruas, viajam para as praias e se reúnem com os amigos para festejar. Porém na maneira como são realizadas estas festas é que se encontra o cerne do problema. Festejar não é pecado, demonstrar alegria não ofende a Deus, a ofensa feita ao divino acontece porque as pessoas celebram esta festividade sem procurarem ter uma vivencia Cristã. O carnaval passa a ser tido como uma época em que tudo vale.

Não se sabe ao certo a origem da palavra carnaval. Pode ter origem do termo “ carne vale,” que significa que o uso da carne esta liberado até o inicio da quaresma. Pode ter origem também do termo “carnem levare” que quer dizer suspender a carne, já que marca a preparação para a quaresma. Existe até a suposição de que o termo carnaval tenha surgido da expressão Domica ad Carnes Levandas, expressão utilizada pelo Papa São Gregório Magno, para sinalizar que o consumo da carne é liberado no domingo que antecede o inicio das preparações da Páscoa. A origem da palavra também pode remontar a festas pagãs, como a currus navales, que era um cortejo em homenagem ao Deus pagão Dionísio.

Desde antes da era Cristã existem relatos que mostram que já existiam festividades que se assemelhavam ao carnaval moderno. Eram comemorações em homenagem a Dionísio ou Baco, Deuses pagãos da mitologia grega e romana. Sacrifícios e encenações feitos por pessoas fantasiadas e mascaradas eram realizados para expiar os pecados e pedir fecundidade da terra. Os bacanais como ficou conhecida em Roma estas festividades, com o tempo passou a ter rituais que envolviam orgias e a embriaguez dos que delas participavam. Devido a isso no século II a.c, o senado romano resolveu combater estas festas, por considerá-las como uma ofensa a moral e ao estado.    

Quando o cristianismo surgiu, a Igreja Católica encontrou estas festas e outras comemorações já incrustadas no imaginário popular da época. Como expressar alegria não é pecado a Igreja procurou cristianizar estes movimentos. Não podemos confundir este processo de evangelização com a aderência a práticas pagãs, como dizem pessoas que não possuem um profundo conhecimento das origens cristãs. O carnaval então passou a ocorrer sempre três dias antes da quarta feira de cinzas. Utilizando as palavras do prof. Felipe Aquino, “Portanto, a Igreja não instituiu essa festa; teve, porém, de a reconhecer como fenômeno existente e procurou subordiná-la aos princípios do Evangelho.”

A Igreja orienta seus fiéis a ter durante o carnaval uma profunda reflexão sobre o momento que vem a seguir, que é a preparação para a páscoa. Retiros, orações, momentos de comunhão realizados entre os amigos é como deve ser o carnaval dos católicos. A vivência na palavra de Cristo e uma melhor reflexão do evangelho deve ser a procura dos Cristãos em oposição ao comportamento das pessoas que procuram as praias, os blocos de carnaval, e a prostituição que impera nessa época. Nós católicos temos que nessa época de pecado, rezar pelas pessoas que por ignorância ou por procura de prazer carnal, cometem erros que entristecem a Deus. E através da nossa prática e dos nossos retiros, tanto em comunidade como individuais, procurar trazer a luz dos evangelhos e a luz de Deus para uma festa que está profundamente cristalizada no imaginário popular. É importante, mas uma vez ressaltar que: expressar felicidade não é pecado, promover festas e divertimentos não é errado, o erro é abandonar a palavra de Deus, para se embriagar com os vícios da carne.

É de profunda importância também compreender o sentido comercial que esta data possui hoje em dia. O consumismo estimula os gastos nessa época, as pessoas se endividam. É comum vê relatos de pessoas que deixam de comprar produtos básicos para a sobrevivência, como alimentos, para poder viajar durante o período carnavalesco. Famílias se destroem durante esta época, por comportamentos dos cônjuges, a educação das crianças é prejudicada, devido às práticas que são presenciadas pelos pequenos filhos de Deus, que crescem tendo a impressão de que o comportamento dos pais e familiares nessa época é algo normal.

Temos que rezar, procurar Deus, buscar a remissão dos pecados. É nesses momentos que a Igreja Católica mostra a sua missão de portadora da verdade, aquela que traz a luz ao mundo. A Igreja Católica como a verdadeira Igreja de Cristo é o farol que traz luz as trevas, guiando os Cristãos na procura pela comunhão com o divino.  

Fonte: 

Aquino, Felipe. carnaval e o cristianismo. canção nova formação. disponível em:  http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=11718   acesso em 07 março de 2011